A MODA BRASILEIRA ESTÁ DE LUTO

Por: Thiago Barroca Montenegro



Morreu na madrugada desta sexta-feira, 24 de fevereiro, aos 56 anos, Eliana Tranchesi, ex-dona da Daslu. A empresária lutava contra um câncer de pulmão desde 2006, quando, por conta do tratamento, afastou-se do comando da boutique de luxo. O corpo será enterrado ainda nesta sexta, no Cemitério do Morumby, por volta das 15h.
No dia 13 de janeiro, a empresária chegou a fazer um post no blog de sua filha, Luciana Tranchesi, dando informações sobre seu estado de saúde. ”Fui diagnosticada com uma pneumonia no pulmão direito. E apresentei reações muito fortes de efeitos colaterais de um antibiótico que tomei”, dizia o texto assinado pela empresária.
Eliana Tranchesi deixa três filhos, Bernardino, 26 anos, Luciana, 23, e Marcela, 20, sócios da 284, marca que nasceu dentro da Daslu.

 

O império Daslu

A Daslu foi fundada em 1958 pelas sócias Lucia Piva de Albuquerque, mãe de Eliana, e Lourdes Aranha — ambas com apelido de Lu, daí o nome da loja. De maneira informal, elas atendiam as amigas em uma casa. O primeiro espaço oficial da empresa foi um imóvel na Vila Nova Conceição, que recebia os clientes de forma discreta e intimista. Com a morte de Lucia, no início dos anos 1980, Eliana Tranchesi assumiu o comando da loja, tendo inclusive a ideia de lançar uma linha própria com a etiqueta Daslu. Com a liberação das importações, no início dos anos 1990, a empresa começou a trazer para o Brasil grifes internacionais renomadas, como Louis Vuitton, Prada, Gucci e Dolce & Gabbana. Isso em uma época em que era praticamente impossível encontrar peças dessas grifes por aqui.
Com o crescimento da marca e do volume de clientes, em 2005 foi inaugurada a Villa Daslu, que se tornou símbolo do luxo em São Paulo. Lá, marcas internacionais ganharam seus próprios espaços e estilistas nacionais expandiram suas araras.

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